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HEARTS AND MINDS: “CURVA DE HUDSON” OU “ESCADA DA CULTURA DE SEGURANÇA”?

Fala pessoal, tudo bem?

Antes de falarmos sobre os níveis de cultura de segurança, não tem como falar desse assunto sem mencionar:

Dupont & Hearts and Minds

São referências em nível global com relação ao estudo de comportamentos humanos, ferramentas e programas
relacionados à segurança. A DuPont faz uso da famosa “Curva de Bradley”, enquanto o H&M (Hearts and Minds) se utiliza da “escada de Hudson” para determinar os níveis da cultura de segurança de uma organização.


Segredinho: a partir da experiência e das interações que tenho com pessoas da área de segurança tanto da América do
Norte quanto da Europa, é nítida a “rixa” que existe entre as duas regiões. Por isso, raramente você verá algum americano falar sobre o Hearts & Minds, que tem origem britânica, e vice-versa…Muitos especialistas em cultura de segurança chamam de “curva de Hudson” (eu mesmo já me peguei falando assim algumas vezes), pela semelhança com “curva de Bradley”.


Porém, que fique claro: o nome correto para o diagrama dos níveis de cultura de segurança que o Hearts and Minds utiliza é: “A escada de Hudson” ou “A escada da cultura de SSMA”. 

Na imagem a seguir fica mais claro os 05 níveis dela:

O modelo da escada de Hudson que o H&M adota é o de uma escada subindo: quanto mais alto o degrau,
mais informados os colaboradores estão com relação à saúde e à segurança, mais estão prestando contas (dando feedback/notificando situações) e são confiáveis na ótica de segurança.


Diferentemente da curva de Bradley, temos aqui cinco estágios; basicamente, a curva de Bradley da Dupont não reconhece o nível patológico, um erro na minha visão, tendo em vista que a grande maioria das organizações está nesse nível.


Vamos agora destrinchar os cinco estágios da escada de Hudson/escada da cultura de HSE.
Patológico: é o primeiro degrau da escada de cultura de segurança; diferentemente da curva de Bradley, cada estágio aqui é resumido por uma frase no modelo H&M.
No caso patológico: “Quem se importa? Desde que não sejamos pegos”. Como já comentei, muitas empresas infelizmente ainda se encontram nesse nível; é como aquele funcionário que você acaba de treinar e que, quando ele
retorna ao local de trabalho, simplesmente não cumpre o que foi abordado no treinamento, ignorando por completo
as regras de segurança. Podemos também resumir como uma negação da segurança.


Reativo: um tanto semelhante com o primeiro estágio da curva de Bradley, nesse degrau todos entendem a segurança como importante, porém apenas quando há um acidente ou incidente. É necessário que algo aconteça para sairmos “correndo” e criarmos procedimentos, treinamentos etc
Ainda nesse nível, acredita-se que a responsabildade da segurança é interina do SESMT. A frase que o H&M utiliza
para resumir esse degrau é: “Segurança é importante, fazemos muito toda vez que ocorre um acidente”.


Calculativo: nesse nível, estamos na metade da jornada, já é um bom nível na minha visão. Temos procedimentos robustos, nos quais todos são muito bem treinados; existe gestão de SSMA bem consolidada, gestão de KPI’s (Key Performance Indicators) preventivos e corretivos. Mas ainda vemos a segurança como prioridade; as pessoas cumprem
muito bem os procedimentos, mas a segurança não se tornou um valor na vida delas. A frase que o H&M utiliza para
resumir esse degrau é: “Temos sistemas implementados para gerenciar todos os riscos”.


Proativo: Agora chegamos ao penúltimo degrau, a organização já consegue presenciar a segurança como um
valor, a supervisão se sente dona e integrante da área de segurança. Motiva e engaja todos os colaboradores a terem
práticas seguras na melhoria contínua do sistema de gestão, sempre com a visão de antecipação de risco para que não
ocorram nem mesmo meros incidentes. A frase que o H&M utiliza para resumir esse degrau é: “Os valores e a liderança
norteiam a melhoria contínua”.

Generativo: é o último degrau da escada, e se assemelha ao nível interdependente da curva de Bradley. Nesse nível, a
segurança é um valor tão enraizado nas pessoas que, além de os colaboradores cuidarem de si, cuidam um do outro;
é algo muito genuíno e automático, não tem nada forçado. Mesmo nesse nível, existe uma busca constante pela melhor 
contínua da parte de segurança garantindo a sustentabilidade do mesmo. A frase que o H&M utiliza para resumir
esse degrau é: “SSMA é a forma como fazemos negócio”.

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